sexta-feira, 16 de julho de 2010

O amor é cego, cientificamente comprovado

Em um dos meus momentos ociosos (não que eu estivesse sem ter o que fazer, mas não queria fazer mesmo) encontrei uma reportagem no site da revista Abril, mostrei a maníssima e ela disse que seria interessante postá-la aqui. Isso não tem nada a ver com os objetivos do blog, mas por outro lado achei enriquecedor postar esse fragmento para mostrar o quanto a ciência está "evoluindo" (como bióloga eu sei que não houve mudanças nas frequências alélicas da ciência rsrsrs).Dessa vez ela 'comprova' um velho ditado: " O amor é cego".Vejamos:

"O amor tem razões que a razão desconhece. Ao menos, costumava ser assim. Hoje, é diferente: estudos da neurociência têm lançado luz sobre o funcionamento dos mecanismos amorosos. Antes tratadas como existenciais, dúvidas como "o que mantém as pessoas juntas?" ou "por que o amor acaba?" são objeto de pesquisa séria. Já se sabe que os princípios que ativam a paixão usam imagens do cérebro humano. Testes foram aplicados por cientistas em dois grupos diferentes de mulheres: as que se autointitulavam apaixonadas e as já casadas ou estabelecidas, para quem a relação é algo mais "pacificado". Ambas tinham de dar notas de zero a dez para o que sentiam. No primeiro caso, a média geral foi de 8,6 e, no segundo, a nota ficou em torno de 6,7. Em seguida, os dois grupos responderam a questionários com perguntas do tipo: "quanto tempo do dia penso no meu amado?" Os pesquisadores cruzaram as respostas com as notas dadas na "escala da paixão". Essas mesmas mulheres foram submetidas a exames de imagens por meio de ressonância magnética funcional, captadas no momento em que o cérebro era estimulado. As imagens foram captadas quando as que se diziam apaixonadas estavam em repouso e em seguida eram expostas a fotos do amado. Nesses momentos, o sistema cerebral de recompensa (o mesmo de quando nos alimentamos ou quando uma mãe abraça o filho) era fortemente ativado.
"Em contato com a pessoa amada, as mulheres que se diziam apaixonadas ativam a área do cérebro que tem a ver com o prazer e o bem-estar", explica o neurologista do comportamento André Palmini, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do estado do Rio Grande do Sul. No caso de mulheres com relacionamentos estáveis, no entanto, isso não acontece. Os cientistas perceberam ainda que, ao mesmo tempo em que esse processo ocorria, outras áreas do cérebro não se ativavam mesmo quando as apaixonadas eram expostas às imagens do amado. Uma é a parte responsável pelo julgamento. No caso das mulheres com relacionamentos estáveis, essa área era ativada. Para traduzir, com a palavra o especialista Palmini: "O resultado mostrou que o juízo crítico se reduz diante da pessoa amada", afirma ele. "Trata-se de uma inferência ao dito popular milenar que diz que o amor é cego", afirma Palmini, mostrando como a ciência às vezes pode confirmar clichês.
Mas nem tudo é consenso nessa área. O professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) Aílton Amélio da Silva, autor do livro "Relacionamento Amoroso: Como Encontrar Sua Metade Ideal e Cuidar Dela", vê com reservas essas descobertas. "Essas áreas do cérebro que dizem ser ativadas quando as pessoas estão apaixonadas são as mesmas que se ativam quando uma pessoa pula de paraquedas, por exemplo", diz ele. "O mecanismo de prazer é o mesmo. Por isso, acho que o que se sabe em relação a explicações sobre a paixão ainda é rudimentar", pondera. "

Da Redação, com Agência Estado
fonte: http://www.abril.com.br/
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Quando eu falo que a diferença entre estar bêbado e estar apaixonado é só o teor alcoólico e o tempo de duração do efeito...