sábado, 27 de março de 2010

Hora do Planeta

Hoje, 27 de março de 2010, entre 20h30 e 21h30 (hora de Brasília), acontecerá um movimento chamado a Hora do Planeta, em que durante uma hora as pessoas estarão apagando as luzes para mostrar aos líderes mundiais nossa preocupação com o aquecimento global.

A Hora do Planeta é um movimento global da WWF. Começou em 2007, apenas em Sidney, na Austrália. Em 2008, 371 cidades participaram. No ano passado, quando o Brasil participou pela primeira vez, o movimento superou todas as expectativas. Centenas de milhões de pessoas em mais de 4 mil cidades de 88 países apagaram as luzes. Monumentos e locais simbólicos, como a Torre Eiffel, o Coliseu e a Times Square, além do Cristo Redentor, o Congresso Nacional e outros ficaram uma hora no escuro. Além disso, artistas, atletas e apresentadores famosos ajudaram voluntariamente na campanha de mobilização.
Como será nas cidades brasileiras?

O movimento Hora do Planeta incentiva as prefeituras a desligarem as luzes dos principais monumentos como um símbolo e um alerta contra o aquecimento global.
A iluminação de algumas avenidas poderá ser apagada, a critério da prefeitura que aderir ao movimento. Entretanto, toda a ação deve ser estruturada de modo a assegurar e garantir a ordem e a segurança públicas.
Mas a ação não se limita a apagar as luzes dos monumentos ou de algumas avenidas. Organizar eventos públicos com manifestações culturais também é uma opção. Além disso, é fundamental a colaboração do cidadão, apagando as luzes da sala de sua casa durante uma hora, das 20h30 às 21h30, a fim de ampliar o envolvimento da população pela cidade.

Por que apagar as luzes?

  • Porque é um gesto simples e de visibilidade que pode ser adotado em todo o planeta. Apagar a luz, no caso brasileiro, é sinalizar que nós estamos preocupados com o aquecimento do planeta e queremos dar nossa contribuição, influenciando e pedindo ações de redução das emissões e de adaptação às mudanças climáticas, combatendo o desmatamento e conservando nossos ecossistemas.
  • O gesto simbólico mostra que o Brasil e os brasileiros devem fazer a sua parte e também incentiva o diálogo dos manifestantes entre si e entre esses e os governos.
  • Apagando a luz por 60 minutos, a população vai demonstrar o quanto valoriza nossas florestas em pé, a preservação da vegetação natural e o seu uso sustentável, a saúde dos rios e a qualidade da água, além de mostrar a sua disposição para o combate ao aquecimento global e em favor da adaptação aos seus efeitos.
  • Embora defenda a economia de energia e a maior eficiência na sua produção, transporte e consumo, o WWF-Brasil não pretende que o apagar das luzes na Hora do Planeta represente esses resultados em si.
  • Portanto, apagar a luz também é um ato que simboliza a eficiência e o uso de todos os recursos com inteligência e responsabilidade. Apesar da eletricidade no Brasil ser gerada, principalmente, a partir de hidrelétricas, considerada uma fonte renovável, ela não é totalmente limpa, gerando danos aos ecossistemas aquáticos e podendo estimular o desmatamento se forem implantadas sem os devidos cuidados.
  • Outros países produzem energia elétrica a partir de combustíveis fósseis como carvão, gás e diesel, situação muito mais negativa para as mudanças climática do que no caso do Brasil, já que temos como principal fonte a produção proveniente de usinas hidrelétricas. Dados para o futuro apontam para um maior uso de energia oriunda de fontes fósseis, mesmo no Brasil. Infelizmente, dados para o futuro apontam para um maior uso de energia oriunda de fontes fósseis, mesmo no Brasil. Estudos apontam que grandes centrais hidrelétricas em regiões como a Amazônia também provocam grande impacto ambiental e social.

Fonte: http://www.horadoplaneta.org.br/

terça-feira, 9 de março de 2010

Um dia sem carne: pelos animais, pelo planeta.

Olá Pessoas!!!Passei aqui para divulgar uma campanha bem interessante, a qual eu (Mariana) sou adepta: A campanha Segunda-Feira sem Carne (Meet Free Monday). Essa campanha foi lançada na Inglaterra, liderada pelo ex-beatle Paul McCartney. Inspirada numa dieta vegetariana, a "segunda-feira sem carne" objetiva contribuir no combate as mudanças climáticas. Para aderir à campanha basta não consumir carne uma vez por semana, de preferência as segundas-feiras. Mas se você quiser pode ampliar para toda a semana...o mundo agradece.Existem ótimas receitas (tanto práticas como saborosas e nutritivas), sem que seja necessário o uso de carne.
Abaixo seguem algumas informações da Sociedade Brasileira de Vegetarianismo:

"A campanha Segunda sem Carne objetiva incentivar as pessoas a deixarem de consumir carne, ao menos, uma vez por semana, tendo assim benefícios para sua saúde e a saúde do planeta. Ao diminuir o consumo de carne reduzimos, ao mesmo tempo, o desperdício de água, o desmatamento, a desertificação, a extinção de espécies, a destruição de habitats e até de biomas inteiros. De quebra, ainda ajudamos a diminuir o rebanho bovino e sua emissão de metano – poderoso agente de efeito estufa. 67% dos animais criados para virar comida são criados em granjas “industriais”. Granjas industriais são fontes de crueldade e desperdício em escalas inimagináveis para a maioria de nós. Nelas são criados animais que ganham peso rapidamente por meio de uma alimentação não-saudável com alto teor protéico. Os animais vivem amontoados, estressados e, muitas vezes, em condições higiênicas insalubres. A Campanha é também um convite a repensar nossa alimentação cotidiana, muitas vezes pobre em nutrientes pelo simples desconhecimento da variedade de hortaliças e verduras disponíveis. O consumo de comidas prontas, fast food ou similares, facilitou a vida altamente urbanizada dos grandes centros, diminuindo o tempo gasto com a alimentação. Mas o preço é alto e se reflete em nossa saúde e também nas experiências de sabor que perdemos."

Maiores informações: http://www.svb.org.br/segundasemcarne/

quarta-feira, 3 de março de 2010

Feminismo

Feminismo é o movimento social que defende igualdade de direitos e status entre homens e mulheres em todos os campos. Embora ao longo da história diversas correntes filosóficas e religiosas tenham defendido a dignidade e os direitos da mulher em muitas e diferentes situações, o movimento feminista remonta mais propriamente à revolução francesa. Costuma-se dividir o movimento feminista em três fases, ou “ondas”, como também são chamadas. A primeira fase nasce com a Revolução Francesa estendendo-se até o fim da Primeira Guerra Mundial. Já a segunda fase engloba as décadas de 60 e 70, buscando um progresso mais educativo das mulheres. Já a terceira fase se inicia nos anos 90 até a atualidade.
A primeira fase do movimento feminista questionou a contradição entre o universalismo dos direitos políticos individuais e o universalismo da diferença sexual, uma vez que a exclusão da cidadania feminina se baseava somente na sua condição de nascimento, fato que recorria à natureza para justificar as vontades dos homens.
Durante o século XIX a defesa dos direitos femininos assumiu várias formas de expressão bastante organizadas. O início do movimento sufragista se deu na Inglaterra, com a proposta da substituição da palavra “homem”, que figurava na lei sobre o direito do voto, pela palavra “pessoa”, a autoria da proposta foi de John Stuart Mill, deputado da época.
Essa reivindicação foi então vinculada na França pelo jornal La Citoyenne e pela associação Le Suffrage dês Femmes. No Reino Unido, em 1918 o Representation of the People Act foi aprovado, permitindo que mulheres acima de 30 anos que possuíssem uma ou mais casas pudessem votar. Após 10 anos este direito se estendeu a todas as mulheres acima de 21 anos de idade. Nos Estados Unidos, líderes deste movimento incluíram Lucretia Mott, Lucy Stone, Elizabeth Cady Stanton e Susan B. Anthony, que haviam todas lutado pela abolição da escravidão antes de defender o direito das mulheres ao voto.
As reivindicações do feminismo desse período tiveram como questões centrais a extensão dos direitos políticos às mulheres, assim como acesso à educação pública e emergência de questões sociais como a investigação da paternidade, igualdade nos direitos contratuais e de propriedade para homens e mulheres, oposição de casamentos arranjados e da propriedade de mulheres casadas (e seus filhos) por seus maridos.
A segunda fase se inicia na década de 1960 durando até a de 1980, seria então a continuação da fase anterior só que com uma maior preocupação com questões de igualdade e o fim da discriminação como foco principal. O movimento foi marcado por protestos, o concurso Miss America e a queima de sutiãs, embora a dimensão real das queimas de sutiãs tenha tido controvérsias. Ressalvando que a libertação da mulher é uma denúncia baseada em uma opressão de raízes profundas que atinge todas as mulheres independentes da cultura, classe social, sistemas econômicos e políticos.
Assim esse período atua com base numa perspectiva de superação das relações conflituosas entre os gêneros, recusando o a noção de inferioridade ou desigualdade natural. Caracteriza também esse período a evidencia de intelectuais e lideres do sexo feminino, sendo tal fato um
reflexo das mudanças sociais, políticas e educativas que estiveram ao alcance dessas mulheres que se projetaram com líderes feministas. Destaca-se as ativistas e autoras Simone Beauvoir, Betty Friedan, Carol Hanisch, Bell Hooks e Kate Millet. Gloria Jean Watkins (que usava o pseudônimo Bell Hooks), no seu livro Feminist Theory From Margin to Center (1984) argumenta que este movimento teria passado por cima das divisões de raça e classe, não conseguindo atingir as questões que dividiam as mulheres, salientando também a falta de vozes minoritárias no movimento. Já Betty Friedan no livro The Feminine Mystique (1963) criticava a ideia de que mulheres poderiam encontrar satisfação apenas na criação dos filhos e atividades do lar, essa idéia “incendiou” o movimento feminista nos Estados Unidos e países de todo o mundo, se tornando um dos mais influentes livros de não-ficção do século XX. Friedan levanta a hipótese de que as mulheres sejam vitimas de um sistema falso de crenças que exige que elas percam completamente sua identidade para a de sua família.
O movimento feminista obteve muitas vitórias. O aborto e o divórcio foram dois temas que marcaram o movimento durante a década de 1970, porém, no final dessa década o movimento feminista sofreu um declínio devido às transformações sociais, políticas, sociais e econômicas que atingiram as sociedades favorecendo que outros temas ganhassem maior atenção do público e da cena política.
A terceira fase do feminismo inicia-se a partir da década de 1990, retomando as reivindicações com base em novas questões sociais.
O movimento feminista brasileiro teve como sua principal líder a bióloga e zoóloga Berta Lutz, que fundou, em 1922, a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Essa organização tinha entre suas reivindicações o direito de voto, o de escolha de domicílio e o de trabalho, independentemente da autorização do marido. Outra líder feminina, Nuta Bartlett James, participou das lutas políticas do país na década de 1930 e foi uma das fundadoras da União Democrática Nacional (UDN).
Segundo foi publicado no site da
Fundação Perseu Abramo em Março de 2006, cerca de uma em cada cinco brasileiras (22%) considera-se total (8%) ou parcialmente feminista (14%). Cerca de uma em cada cinco brasileiras (22%) considera-se total (8%) ou parcialmente feminista (14%), enquanto 78% não o são (41% não se consideram, 24% disseram não saber o que é feminismo ou não souberam se classificar e 13% disseram ser feministas, mas confundiram feminista com feminina, conforme pergunta-controle posterior, sobre o que entendiam por feminismo).
O movimento feminista se organiza e atua em diferentes formas e frentes de luta, resultando em muitas vertentes diversas ao longo da história e contexto social seja por meio da igualdade, da diferença e da separação. Há feministas liberais e socialistas, radicais, feminismo cultural, essencialista (ecofeminismo), lesbiano, pragmático, entre outros. Porém é existente no feminismo um compromisso comum: por fim a dominação masculina e à estrutura patriarcal.
Algumas feministas ocidentais dizem que faltam muitas conquistas pelas quais as frentes ainda têm que lutar. Em alguns países em desenvolvimento algumas conquistas ainda não são tomadas como reais.
Conquistas do feminismo no ocidente: o direito ao voto, ao divórcio, controle sobre o próprio corpo em questões de saúde incluindo o uso de preservativos e aborto, a posse de terras, crescimento das oportunidades de trabalho para mulheres e salários mais próximos aos dos homens.